sexta-feira, 1 de março de 2013

Lugar de Decisão



     Ler Deuteronômio 1.19-33.

As Escrituras sempre nos encorajam a conquistas na vida. Infelizmente, muitos vivem na pobreza espiritual e na derrota porque deixam de se apossar de tudo quanto Deus preparou para uma vida vitoriosa. Preferem abrir mão da luta, ao invés de encarar os desafios, passando a viver na mediocridade. Isto é evidente no texto que acabamos de ler. Como eram grandes as promessas do Senhor para os hebreus! Presenciaram a manifestação de Deus no Egito, que os libertou com a Sua mão poderosa, após quatro séculos de escravidão, para transformá-los numa nação cheia de esperança no futuro. Eles iriam desfrutar de uma terra deleitosa, produtora do melhor que Deus poderia oferecer! Mas, não, preferiram se acovardar e conviver com a mesmice e com insignificância.

Após saírem do Egito, o povo hebreu se acampou aos pés do monte Horebe, onde Deus deu a Moisés as tábuas da Lei, partindo depois dali e passando a se acampar em Cades-Barnéia, Este lugar é um vale coberto por vegetação, que fica no deserto de Zim; era um pequeno oásis, que na estação chuvosa, se tornava bem irrigado e fértil. Ali, eles permaneceram por 37 anos. Era bem aquém da Terra da Promessa, que “manava leite e mel”, mas já era um lugar bem melhor do que o Egito. Dali o povo não mais prosseguiu. Deus tinha um lugar de sonhos para eles, mas eles se contentaram com o mínimo.

Em Cades-Barnéia foi o cenário da rebelião de Coré, dos murmúrios do povo e do florescimento da vara de Arão (Números 16–17). Foi perto dali que Moisés feriu a rocha e a água jorrou (Números 20:7–11). Foi também dali que Moisés enviou os doze espias, para olhar a terra de Canaã e prestar um relatório sobre o lugar e como chegar até lá. Mesmo reconhecendo que a era uma “terra dos sonhos”, dez dos doze espias voltaram de Canaã temerosos com os habitantes da terra, contaminando o povo de medo e pessimismo. Foi neste momento que eles tomaram a decisão de não prosseguir a caminhada rumo a Terra Prometida. Cades-Barnéia foi o lugar de decisão. Não de uma decisão de prosseguir e conquistar as promessas de Deus, mas a decisão de permanecer no pequeno e limitado lugar que era muito menor do que estava preparado logo adiante.

Todos nós chegamos, na vida, a um lugar de decisão. Num momento que devemos escolher prosseguir a caminhada ou ficar paralisado, condenado a viver preso à insignificância.

Não foi assim com alguns homens de Deus que a Bíblia relata. Nas Escrituras encontramos fatos narrados de personagens que saíram da insignificância para a notoriedade, após tomar uma decisão de desafiar. Dentre muitos, posso destacar:

* O valente GIDEÃO – Não se conformou com o domínio do inimigo, e mesmo sendo a pessoa menos importante de uma família simples, topou liderar seu povo na luta contra os invasores midianitas. Após a extraordinária vitória, foi feito chefe de seu povo (Juízes 6.11 até 8.28);
* O destemido DAVI – Ousou duelar com o grande soldado filisteu Golias, pois não suportou ver seus irmãos israelitas serem humilhados e o Seu Deus insultado. Resultado: ganhou como recompensa riquezas, isenção de impostos para a família e a mão da filha do rei (1 Samuel 17);
* O devotado NEEMIAS - Preferiu voltar e reconstruir os muros Jerusalém acima de qualquer “causa de alegria” pessoal, deixando o cargo de copeiro do rei persa Artaxerxes. A recompensa foi poder levar o povo judeu a não só reconstruir os muros da cidade, mas também os da suas próprias vidas (Livro de Neemias);
* A rainha ESTER – Alcançou a significância dos judeus exilados quando, de forma ousada, arriscando a própria vida, interveio junto ao rei pelo seu povo, condenado ao extermínio (Ester caps. 3 a 8).

E você? Qual a sua decisão? Ir adiante, para as conquistas e notoriedade ou ficar no medo ou pessimismo, que a mediocridade e pobreza espiritual?

Para você sair da pobreza espiritual e da insignificância, você precisa:

DECIDIR ESCOLHER ENTRE A ADORAÇÃO E O PECADO.
O profeta Elias indagou aos israelitas nestes termos: “Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o SENHOR é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o” (1 Reis 18.21). Era um momento de decisão para eles, que estavam duvidosos e em pecado. Elias queria levá-los a reconstruir um altar de adoração a Deus em suas vidas.
Você também é hoje desafiado a escolher se queres adorar a Deus e ser levado à Sua Presença, com paz interior e consciência limpa ou aceitar se satisfazer com as migalhas que o diabo dar, em formas de prazer transitório, satisfação efêmera e glória terrena, neste mundo que “jaz no maligno” (1 João 5.19).

DESAFIAR O IMPOSSÍVEL.
Nada acontecerá se você ficar parado. As promessas de Deus se concretizarão, mas para isso acontecer, você precisa parar de se lamentar e viver na mesmice. Saia da toca! Vá além dos limites. Após a morte de Moisés, Josué conduziu o povo hebreu à conquista de Canaã, realizando o impossível, que era ultrapassar as muralhas de Jericó e vencer os dominadores da terra, e isso tudo com a sobrenatural mão de Deus (Livro de Josué).
Não fique estático, Deus te conduzirá em triunfo. Por isso, ore, persevere, creia e ande!

DECIDIR ENTRE A VIDA E A MORTE.
O que é que você deseja na eternidade? Viver ao lado do Pai na Glória ou descer ao Inferno e viver para sempre em meio às dores e ao desespero em saber que a chance foi perdida. Decida hoje que caminho tomar: o Caminho da Vida (Jesus) ou o caminho da ilusão em achar que, no final, Deus vai salvar a todos (Deuteronômio 30.19).

Os hebreus saídos do Egito tiveram a chance de desfrutar de uma vida além do que puderam sonhar, mas não conseguiram vencer a si próprio, pois a incredulidade e as dúvidas criadas nos seus corações os impediram de prosseguir além de Cades-Barnéia. Num lugar em que teriam que decidir pelo melhor, eles escolheram a mediocridade.

Seja você conhecido como um dos corajosos, que vai além e escolhe adorar a Deus ao invés de comer as migalhas de Satanás. Seja um dos que desafiam as impossibilidades e decide trilhar o Caminho da Graça, enquanto outros estão paralisados e enganados pelos cantos e encantos desta terra corrompida.

                                     Naquele que decidiu morrer por mim e por você,
                                                                                                                        Pr. Enádio.


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