sexta-feira, 1 de maio de 2009

ESQUIZOFRENIA ESPIRITUAL


“Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto. Ora, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. Neste caso, quem faz isto já não sou eu, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim.” ROMANOS 7.15-20

Por que somos tão fortes, mas, às vezes, tão frágeis espiritualmente?
Por que desejamos fazer a vontade de Deus, mas somos grandiosamente inclinados a fazer o contrário?
Por que queremos pensar as coisas de Deus, mas, de repente surgem no fluxo da mente imagens e vozes que nos convencem que o melhor é satisfazer os desejos da carne, desfrutar de momentos de prazer e satisfação carnal?

O apóstolo Paulo, ao escrever sua carta aos romanos, abordava justamente esta questão, pois a Lei veio como uma regra, uma orientação de vida para que o homem pudesse respeitar a Deus, o próximo e também não provocasse sua destruição, mas o nosso “eu” interior, ao ser atacado pelos inimigos do campo da mente, muitas vezes sucumbe. Isto é o que chamo de Esquizofrenia Espiritual.

No campo da psiquiatria, a esquizofrenia é uma doença que provoca distúrbios mentais, que, basicamente, desassocia a pessoa do mundo real, causando a perda da unidade da personalidade. A pessoa esquizofrênica não consegue distinguir o real do imaginário, tendo o que chamamos de dupla personalidade.

A associação da esquizofrenia e do que o apóstolo Paulo aborda na Carta aos Romanos é para mostrar que muitos cristãos buscam uma identidade espiritual baseado em Deus e no que diz a Sua Palavra, se esforçando em praticá-la, orando, louvando, participando das programações da igreja, mas, paralelamente, sofre batalhas invisíveis no campo da mente, que, se não combatidos ou rejeitados, geram luz ao pecado (Tiago 1.15). Muitos crentes sofrem por não conseguirem se livrar de tais pensamentos, pois sempre que estes vêm, frutificam em ações pecaminosas, passando a viver uma dupla vida espiritual.

O que gera a esquizofrenia espiritual?

1. A COBIÇA – o desejo de “ter” material, espiritual, carnal. O Inimigo sempre lhe tentará naquilo que lhe atrai (Tiago 1.14-15).
2. OS PECADOS PASSADOS – todos nós somos tentados pelo diabo naquilo que praticávamos no passado: prostituição, roubo, mentira, maledicência, etc.

O que devemos fazer para vencermos as batalhas na nossa mente que causam a dupla personalidade espiritual?

1. PENSAR AS COISAS LÁ DO ALTO (Colossenses 3.2). Alimente sua mente com a Palavra de Deus; escute e cante louvores, pense no que Deus tem para você, nas Suas Promessas, quando se é obediente a Ele.
2. OCUPAR A MENTE E O TEMPO. Como alguns dizem: “a mente vazia é oficina do diabo”. Davi caiu em pecado quando estava no palácio “descansando“, enquanto todo o seu exército estava na guerra (2 Samuel 11). Leia literaturas cristãs, faça a obra de Deus, evangelize, procure fazer alguma coisa que traga edificação.
3. DESVIAR O FOCO DOS MAUS PENSAMENTOS. Quando vierem à sua mente os maus pensamentos, saia ou mude do lugar em que você está; ligue para um irmão para conversar; desvie os seus pensamentos.
4. TER CUIDADO COM O QUE OUVE OU VÊ. Tudo o que vemos ou ouvimos é rapidamente absorvido pela nossa mente. Se for bom, edifica, mas se for ruim, pervertido, penetra na mente, gerando desejos pecaminosos.

Tiago nos alerta em sua carta que o inconstante não alcança de Deus coisa alguma (Tiago 1.7-8). Busque a Deus em oração, pedindo a eles forças e perseverança nas tentações, a fim de que não caia nas armadilhas do diabo, se tornando um esquizofrênico espiritual, com uma dupla vida santa e pecaminosa. Não! Ao contrário, vença, vigiando e colocando a sua mente cativa à obediência de Cristo (2 Coríntios 10.5).

Com amor,
Pastor Enádio.

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